Imagine morar no município considerado pelo Índice de Desenvolvimento Municipal, da FIRJAN, nas áreas de Educação, Saúde, Emprego e Renda, o melhor do país. E que além disso, seja referência mundial em proteção do bem mais precioso para nosso dia a dia: a água.
Estamos falando de Extrema, no sul das Minas Gerais.
Planejamento via Agenda 21
Pra inicio de conversa: ambientalistas de plantão, lembram da Agenda 21? Uma espécie de diagnóstico local, com construção de cenários feitos de maneira participativa. Muitos municípios iniciaram, mas poucos levaram isso tão a sério como Extrema. Em sete mandatos consecutivos, a administração municipal, em parceria com organizações sociais e empresas, conseguiu colocar em prática e aprimorar as propostas da Agenda 21, criada em 2003. O resultado?
Resultados espetaculares
Extrema faz parte de uma espécie de grupo de elite. Marca presença no grupo de 1% das melhores cidades do Brasil em educação; entre as 18 melhores cidades do País em emprego e renda; e no grupo de 10% dos melhores municípios em saúde.
Pra se ter uma ideia, as últimas empresas a se instalarem na cidade foram Panasonic, Kopenhagen, Multilaser, Bauducco, Centauro, e Netshoes. Ao invés de seguir a tendência da imensa maioria das cidades brasileiras, Extrema ano após ano aumenta seu valor adicionado. Mas além disso, o município sabe investir corretamente o que arrecada.
Mas isso não é tudo. Extrema contribui com a água que muito paulista bebe. Sim. Além de ter uma qualidade de vida alta para seu habitantes, a cidade contribui para a manutenção da vida de muitas pessoas. E isso foi reconhecido, em Dubai.
Referência mundial, dentro do seu copo de água
O Prêmio Internacional de Dubai para Melhores Práticas foi estabelecido pela ONU, em 1995, para reconhecer as melhores práticas com impacto positivo na melhoria da vida das pessoas. Extrema estava lá, representando o Brasil, com o projeto Conservador das Águas. Bem, um projeto referência mundial, precisa de muito dinheiro pra decolar? Veja só.
Munidos de enxadas, mudas e mourões, 30 pessoas da Secretaria de Meio Ambiente de Extrema marcham para sua batalha diária, para preservar as milhares de nascentes da região, cujas águas, que desembocam no rio Jaguari, ajudam a formar o principal veio que alimenta o Sistema Cantareira, um dos maiores do mundo, o qual sustenta 55% da região metropolitana de São Paulo.
A equipe sobe cedo as ribanceiras da serra e trabalha nas nascentes mapeadas e controladas por outros quatro funcionários da Prefeitura. E o que eles fazem? Basicamente plantam árvores nativas e fincam cercas em volta dos mananciais e dos cursos d’água. Este é o projeto Conservador das Águas.
O projeto faz parte do Programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas (ANA), e, através do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), o proprietário que possui, dentro de sua terra, mananciais e nascentes, recebe um pagamento pela preservação do local. Enfim, simplicidade na aplicação de uma lei nacional revolucionária.
Por sinal, um dos critérios da escolha da Panasonic por Extrema foi esse. A existência de projetos e programas ambientais eficazes. Extrema investe 6% de seu orçamento na área ambiental.
Qual o segredo?
Extrema leva a sério ferramentas de planejamento participativo, tais como a Agenda 21. Com a aplicação de suas diretrizes, foram construídos cenários para até 20 anos na cidade. Com 7 administrações consecutivas – na certa premiadas pelos resultados obtidos – conseguiu-se continuidade nos projetos.
Planejamento, seja ele ambiental, social, econômico ou urbano, são peças fundamentais para a escolha das empresas para onde irão instalar suas unidades.
Extrema é sem dúvida uma cidade para as pessoas.