Paris, Brasil. Quando nos tornamos reféns do terrorismo do dia a dia?

por | nov 25, 2015 | diversos, Sem categoria | 0 Comentários

Paris, Brasil. Quando nos tornamos reféns do terrorismo do dia a dia?

Qual o sentido de vivermos na cidade de nossos sonhos, quando tudo vira um grande pesadelo?

Assistir a um show ou a um jogo de futebol, ir ao trabalho, fazer compras, levar as crianças à escola. Cenas do dia a dia, de cada um de nós. Situações absolutamente normais, até que alguém resolve utilizá-las como ARMAS.

Camuflado, o terrorismo – qualquer que seja sua motivação – tem um efeito devastador na vida das cidades. Toda tarefa começam a ter algum tipo de risco. E a tendência é o isolamento da rua, e da vida na cidade.

Uma das leitoras desta coluna, Cláudia Marques, deu a seguinte resposta sobre onde seria sua sala de estar, ao participar de nosso concurso cultural: “embaixo da Torre Eiffel, em Paris, onde passam milhões de pessoas… para poder conhecer pessoas de vários lugares do mundo”. Uma triste ironia o que ocorreu 2 dias depois.

Paris não será a mesma. Os ataques desta última sexta-feira (13 de novembro), terão reflexos duradouros na cidade que sempre transbordou de pessoas, cultura e vitalidade, assim como Cláudia e a maioria de nós sempre imaginaram .

Triste. E não tão distante. Há pouco mais de 9 anos, em maio de 2006, ocorreu a maior onda de atentados que se tem notícia na história do Brasil.

Iniciando em São Paulo e atingindo Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia, os ataques provocados pelo PCC consumiram a vida de 128 pessoas. Uma pessoa a menos que o relatado até agora, em Paris.

Eventos menores, mas tão nocivos como os arrastões no Rio de Janeiro, também afugentam as pessoas das praias, ruas e espaços públicos, e até mesmo de eventos maiores, como as Olimpíadas Rio 2016.

Mas enfim, existem soluções práticas para conter a violência que transforma espaços cheios de vida em locais desertos?

Hoje em dia, muitas cidades têm adotado sistemas de câmeras de vigilância, em milhares de ruas. Rapidamente, forças de segurança tem acesso às imagens e podem identificar qualquer comportamento suspeito. Porém, ficam algumas perguntas:

  • Apesar de sua notória eficácia em inúmeros casos, deve-se utilizar câmeras em toda e qualquer situação?
  • Será que a utilização de câmeras inibe a espontaneidade da vida nas cidades?
  • Existem outras soluções, complementares, como melhorias no desenho urbano, para melhorar as condições de segurança da cidade?

 

Na próxima semana, algumas respostas.
E você, estaria disposto a ter mais segurança em troca de sua privacidade?