Go Pokémon, go!

por | jul 13, 2016 | cidades, coluna, Sem categoria, urbanismo | 0 Comentários

Go Pokémon, go!

Semana passada, Pokémon Go, – um jogo pra celulares foi lançado. Não faço parte da legião de fãs, afinal meus desenhos e filmes japoneses infantis eram outros. Porém, pros nerds (e nem tanto) de 20 e poucos anos, o jogo foi um banho de nostalgia. Revistas o apontam como um dos apps mais viciantes em anos.

Pra quem não conhece, a história do desenho em si, é bastantes simples. Você é um personagem que viaja por um mundo fictício tentando recolher todos monstrinhos quanto for possível. Porém Pokémon Go é muito diferente. Nele, você realmente tem que sair, passear no mundo real, e encontrar os monstros escondidos. Sim, este jogo faz você andar com suas próprias pernas, em torno de sua cidade ou bairro para pegar e recolher Pokémons. Absolutamente Inovador. Pura Realidade Virtual.

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Quando pensamos em jogadores de videogame, geralmente vem em nossa mente aquele ser humano afundado em um sofá, olhos vidrados, concentradíssimo, comendo salgadinhos e snacks apenas pra sobreviver.

Este jogo vira esta página. Milhões de pessoas estão agora fora de suas salas e casas, andando por aí, tentando pegar esses pequenos monstros – e amando fazer isso. A revista geek GIZMODO publicou um artigo com um título tal como “Pernas doloridas tornam-se uma pandemia ao fazer jogadores de Pokémon Go praticarem exercícios”. Soa engraçado. E é. Mas não só isso.

Interação é outra característica do app. Não basta apenas caminhar e ficar esperando para pegar monstros. Você também tem que pegar itens em “Pokéstops” e todos eles são mapeados em espaços públicos ou pontos de referência. Existem também ovos que só se abrem  depois de você ter andado dois, cinco ou dez quilômetros. Sim. ANDADO. O jogo possui sensores que inibem a utilização de veículos motorizados.

E aí entra a mágica. Geralmente encontramos desculpas esfarrapadas pra não andar a pé ou de bicicleta, pra executar tarefas do dia a dia. Bem, com Pokémon Go, não tem jeito.

Claro, o jogo, assim como todo app, ficará ultrapassado com o tempo. Mas ele sem dúvida está tirando as pessoas de suas vilas fortificadas e dando à elas uma oportunidade única: caminhar pelo seu bairro, e dependendo de sua ambição por monstrinhos Pokémon, pela sua cidade. A pé. Será que irão enxergar sua comunidade com outros olhos (em todas suas virtudes e defeitos) e começar a desfrutá-la, ou apenas irão caçar o Pikachu dourado?

Estimular o andar a pé às vezes precisa de incentivos. Sejam eles quais forem, a cidade agradece. Go Pokémon, go!

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